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Rui Costa pode deixar a Casa Civil para liderar a Petrobrás, especula Valor

Segundo o Valor, em meio ao descontentamento manifestado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à trajetória da Petrobras, começou a ser mencionado nos meios políticos o nome do ministro da Casa Civil, Rui Costa, como possível futuro presidente da empresa em 2024. A possível nomeação entusiasma setores do PT e até mesmo […]

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Foto: Agência Brasil

Segundo o Valor, em meio ao descontentamento manifestado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à trajetória da Petrobras, começou a ser mencionado nos meios políticos o nome do ministro da Casa Civil, Rui Costa, como possível futuro presidente da empresa em 2024.

A possível nomeação entusiasma setores do PT e até mesmo membros do governo que criticam a abordagem direta do ministro, considerando-a inapropriada para uma das pastas mais envolvidas na interação com a classe política. No entanto, foi o perfil determinado de “gestor”, especificamente solicitado por Lula, que o estabeleceu no cargo, permitindo-lhe expandir sua influência como a figura central no círculo de poder do presidente.

Sobre a abordagem do ministro, um aliado, entrevistado pelo Valor, destacou que “nem sempre um político regional se torna um grande político nacional”. Costa deixou o governo da Bahia em 2022 após conquistar sucessos significativos: foi reeleito governador em 2018 no primeiro turno, com mais de 75% dos votos válidos, e, no ano passado, assegurou a continuidade de seu legado ao eleger Jerônimo Rodrigues (PT) em uma competição acirrada.

O mesmo aliado, associado aos partidos de centro, destacou a distinção entre Costa e outro líder baiano que conseguiu habilmente projetar sua liderança para o cenário nacional: o ex-governador e ex-presidente do Senado Antônio Carlos Magalhães (ACM). De acordo com essa fonte, essa proeza requer habilidade política, perspicácia e uma visão abrangente da política – características que, segundo ele, ainda não foram totalmente desenvolvidas por Costa.

Um líder do PT informou ao Valor que a relutância de Costa em dialogar e sua postura frequentemente inflexível ao tomar decisões obscurecem suas qualidades, como a dedicação ao trabalho, tornando difícil sua interação com a classe política. De acordo com esse membro do partido, Costa pode entrar em reuniões sem cumprimentar os demais participantes. Além disso, em certos momentos, sua obstinação em relação a alguns temas pode comprometer a harmonia nas relações dentro do Palácio do Planalto.

Contudo, um ministro próximo de Costa contestou essas críticas. Na sua análise, as queixas sobre a atuação de Costa devem ser compreendidas no contexto em que Lula reuniu vários ex-governadores – todos considerados líderes de destaque em seus Estados – para compor o ministério.

Assim, todos esses ministros deveriam se adaptar a jogar no mesmo time, onde agora existe um único “camisa 10” para o qual todos devem passar a bola: o presidente da República.

Usando essa metáfora, esse ministro argumentou que tanto Costa quanto outros ex-governadores que assumiram ministérios foram compelidos a deixar para trás os hábitos que tinham quando lideravam os Executivos locais, por vezes transmitindo a imagem de serem “autoritários”. No entanto, ele afirma que todos estão se adaptando à nova realidade em que o único “craque” do time é Lula.

Na semana passada, Costa alinhou-se ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no confronto com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, buscando a redução do preço dos combustíveis em meio à queda do valor internacional do barril de petróleo e à desvalorização do dólar. Atribuíram-se a Costa ações para sugerir o nome do secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marcus Cavalcanti, como sucessor de Prates, que estaria enfrentando instabilidade em seu cargo.

Costa foi às mídias para negar qualquer articulação nesse sentido. No entanto, o Valor obteve informações de um colaborador próximo a Lula, que revelou que o presidente compartilhou confidências com poucos interlocutores, indicando que enxerga em Costa um possível sucessor de Prates, caso opte por alterar a liderança da empresa.

Com formação em economia, Costa possui conhecimento no setor de óleo e gás, uma vez que iniciou sua carreira no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, durante os anos 80. Foi nesse período que estabeleceu proximidade com o atual líder do governo no Senado, Jaques Wagner, que é seu principal mentor na política e com quem colaborou para fundar o PT.

Pessoas próximas a Costa reconhecem a instabilidade de Prates em seu cargo, mas negam que o ministro tenha a intenção de substituí-lo. Alegam que os rumores são resultado de intrigas internas de indivíduos que buscam afastá-lo da Casa Civil.

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