O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reconheceu a existência de conflitos entre sua visão e a do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, especialmente em temas como a distribuição de dividendos.
Em entrevista à Folha, Silveira destacou que, apesar dos confrontos, as divergências são consideradas benéficas e não são de natureza pessoal.
Uma questão central de debate entre Silveira e Prates foi a destinação dos dividendos aos acionistas da Petrobras.
Enquanto Prates propôs a distribuição de 50% dos recursos extraordinários, Silveira, juntamente com o conselho da empresa, expressou preocupações sobre a capacidade de investimento da estatal, incluindo a transição para energia limpa.
A decisão de reter os dividendos gerou reações negativas no mercado financeiro, afetando o valor de mercado da companhia. No entanto, para o ministro, a decisão é uma medida temporária, comparando as reações do mercado a uma “marola”.
Silveira ressaltou a importância do respeito à diretoria da Petrobras, mas deixou a cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a avaliação da gestão de Prates. Rumores sobre uma possível troca na presidência da estatal circulam no governo há meses.
O ministro manifestou otimismo quanto ao valor de mercado da Petrobras durante o terceiro mandato de Lula, assegurando não ter interesse em influenciar as indicações para a estatal, mas enfatizou sua determinação em manter sua autoridade nas discussões políticas e estratégicas.
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