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Relatório acusa Trump de esconder baixas no Iêmen

Com mais de mil ataques e um jato abatido, o governo dos EUA se recusa a divulgar baixas americanas na operação militar contra o Iêmen O presidente dos EUA, Donald Trump, está sob crescente pressão por reter informações sobre baixas militares americanas resultantes da campanha militar ilegal em curso no Iêmen. Segundo reportagem do The […]

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Os militares dos EUA lançaram mais de mil ataques aéreos no Iêmen desde março, sem autorização do Congresso, ao mesmo tempo que se recusam a divulgar detalhes sobre soldados americanos feridos ou mortos.
Casa Branca está 'encobrindo' baixas dos EUA na guerra do Iêmen, diz Relatório / Comando das Forças da Frota dos EUA

Com mais de mil ataques e um jato abatido, o governo dos EUA se recusa a divulgar baixas americanas na operação militar contra o Iêmen


O presidente dos EUA, Donald Trump, está sob crescente pressão por reter informações sobre baixas militares americanas resultantes da campanha militar ilegal em curso no Iêmen. Segundo reportagem do The Intercept publicada no último sábado (3), o Comando Central dos EUA (CENTCOM), o Gabinete do Secretário de Defesa e a Casa Branca se recusaram a divulgar quantos militares americanos foram mortos ou feridos desde o início da Operação Rough Rider, em março de 2025.

A operação já envolveu mais de mil ataques aéreos dos EUA contra as Forças Armadas Iemenitas (FAI), lideradas pelo movimento Ansarallah, e matou centenas de iemenitas, incluindo muitos civis.

O deputado Ro Khanna, da Califórnia, criticou a Casa Branca e exigiu transparência. “O governo deve ser claro sobre o número de baixas americanas nos ataques aos Houthis”, disse ele, referindo-se ao Ansarallah. Sua colega, a deputada Pramila Jayapal, de Washington, ecoou o sentimento, alertando que as tropas dos EUA nunca deveriam ter sido colocadas em risco por meio de ações militares inconstitucionais, sem aprovação do Congresso.

Um incidente recente destacou os perigos: um caça F/A-18 Super Hornet caiu do porta-aviões USS Harry S. Truman nesta semana após a embarcação supostamente fazer uma curva brusca para evitar um míssil iemenita. Um marinheiro ficou ferido, e o jato de US$ 60 milhões foi perdido.

Quando questionado pelo The Intercept sobre os números de baixas, o Pentágono evitou responder e redirecionou a consulta ao CENTCOM. O CENTCOM, por sua vez, encaminhou o pedido à Casa Branca, que permanece em silêncio.

O The Intercept destacou que, sob o governo anterior de Joe Biden, dados detalhados sobre baixas e ataques no Oriente Médio eram divulgados regularmente.

O contraste alarmou grupos de direitos humanos. Erik Sperling, da Just Foreign Policy, afirmou: “Ocultar informações básicas do público dificulta o trabalho da mídia em expor como esses funcionários estão violando uma das promessas de campanha mais populares de Trump.”

O relatório do The Intercept surge após o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, ordenar, em 2 de maio, que o porta-aviões USS Harry S. Truman permaneça no Oriente Médio por mais uma semana – a segunda prorrogação de sua missão desde o início das operações militares contra o Iêmen.

Enquanto isso, o ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, Michael Waltz, foi demitido nesta semana, em parte por incluir um jornalista em discussões confidenciais sobre os ataques ao Iêmen. Waltz também pressionava por ações militares mais duras contra o Irã e, segundo fontes do governo, coordenava-se estreitamente com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu – posturas que entraram em conflito com a abordagem mais cautelosa de Trump.

Com informações de The Cradle* e The Intercept*

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