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PF inclui Bolsonaro no inquérito sobre uso da Abin para espionagem de opositores

A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira, 17, um inquérito que investiga o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal de autoridades durante o governo de Jair Bolsonaro. A investigação envolveu o ex-presidente e diversos aliados, incluindo figuras chave do governo, como o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa. De acordo com […]

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Geraldo Magela /Agência Senado

A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira, 17, um inquérito que investiga o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal de autoridades durante o governo de Jair Bolsonaro. A investigação envolveu o ex-presidente e diversos aliados, incluindo figuras chave do governo, como o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa.

De acordo com fontes da Reuters com conhecimento direto da investigação, o ex-presidente Bolsonaro teria sido beneficiado pelo esquema de espionagem. As suspeitas envolvem a utilização indevida dos sistemas da Abin para monitoramento ilegal de autoridades públicas, além da produção de notícias falsas, em um caso que ficou conhecido como “Abin Paralela”.

A investigação apura a participação do ex-presidente Bolsonaro, que já é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em uma trama golpista, em um esquema de espionagem orquestrado pelo então diretor-geral da Abin no governo Bolsonaro, Alexandre Ramagem. As investigações apontam que Ramagem foi o responsável pela montagem da estrutura paralela de monitoramento.

Embora Bolsonaro já esteja sendo processado no STF por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, ele não foi indiciado por organização criminosa neste momento, pois a investigação considera outras acusações separadas. A PF confirmou que o relatório final já foi enviado ao STF, mas permanece sob sigilo.

A investigação revelou que a espionagem envolvia o monitoramento de ministros do STF, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e até mesmo uma promotora de Justiça que investigava o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Além disso, Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente e acusado de comandar o chamado “gabinete do ódio” nas redes sociais, também foi indiciado no caso.

Em suas redes sociais, Carlos Bolsonaro reagiu ao indiciamento, questionando as motivações políticas por trás da investigação e insinuando um vínculo com as eleições de 2026.

A investigação também incluiu o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi indiciado por supostas falhas nas investigações da Polícia Federal. No entanto, a Abin não se manifestou sobre o caso, nem sobre o indiciamento de Corrêa.

Após a conclusão do inquérito, a Procuradoria-Geral da República (PGR) agora decidirá se oferece denúncia criminal contra os envolvidos, incluindo o ex-presidente Bolsonaro. A situação do ex-presidente, embora ainda não indiciado neste inquérito, poderá ser revista conforme o desenrolar das investigações.

O caso levanta questionamentos sobre o uso indevido de estruturas de inteligência para fins pessoais e políticos, além de destacar a crescente tensão política em torno da figura de Jair Bolsonaro, que segue no centro de investigações em diversas frentes.

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