O governo do Paquistão condenou ontem (22) os ataques estadunidenses comandados por Donald Trump às instalações nucleares iranianas, um dia após nomeá-lo como candidato ao Nobel da Paz.
A declaração publicada no X pelo governo do país reitera a “escalação de tensão e violência sem precedentes” no Oriente Médio e enfatiza a “imperativa necessidade de respeitar as propriedades e vidas civis e imediatamente levar o conflito ao fim”.
Como a maioria dos posicionamentos de líderes mundiais, inclusive do presidente Lula (PT), o texto ressaltou que “todas as partes envolvidas devem aderir às leis internacionais, principalmente à Lei Humanitária Internacional”.
Islamabade mantêm uma relação próxima e amigável com o Irã desde a revolução de 1979, que derrubou o Shah (rei) e instaurou a República Islâmica, que persiste nos mesmos moldes até hoje. O Paquistão foi um dos primeiros países a reconhecer diplomaticamente o governo pós-revolução e se manteve um aliado da nação persa na sua guerra contra o Iraque, além de já ter servido de mediador no conflito Irã-Israel.
Os Estados Unidos, entretanto, se aproximaram do governo paquistanês após mediar o seu conflito contra a Índia pelo território da Casimira em maio desse ano. Washington teve um envolvimento central no acordo de cessar-fogo entre os países, causando a nomeação de Trump ao Nobel.
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