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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro se torna pivô de investigações da PF

Mauro Cid, preso na última quarta-feira (3) em operação da Polícia Federal que investigava fraudes em registros de vacinação, foi crucial para o desenrolar de mais três investigações da organização, que também envolvem o ex-presidente Bolsonaro. Em 2021, a PF quebrou sigilo e obteve acesso ao celular de Cid, porque ele supostamente teria participado do […]

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Jair Bolsonaro e Mauro Cid - Reprodução: Redes Sociais

Mauro Cid, preso na última quarta-feira (3) em operação da Polícia Federal que investigava fraudes em registros de vacinação, foi crucial para o desenrolar de mais três investigações da organização, que também envolvem o ex-presidente Bolsonaro.

Em 2021, a PF quebrou sigilo e obteve acesso ao celular de Cid, porque ele supostamente teria participado do vazamento de um inquérito da instituição que investigava um ataque hacker ao TSE. Na ocasião, Jair Bolsonaro, então Presidente, leu durante uma Live trechos do inquérito da PF, o que colocava em xeque a segurança do processo eleitoral. O ex-chefe do executivo, durante todo o seu governo, atacou o sistema eleitoral brasileiro, mesmo após vencer as eleições em 2018.

Após a Live, Bolsonaro ainda disponibilizou o inquérito na íntegra em suas redes sociais. Essas atitudes resultaram em uma notícia-crime enviada ao STF pelos ministros que integravam o TSE. À época, Alexandre de Moraes aceitou a abertura de investigação sob o argumento de que o inquérito divulgado pelo ex-presidente continha informações sigilosas sobre o órgão.

A partir dessa investigação a PF chegou em Cid, identificando-o como o responsável por vazar o documento para o ex-chefe do executivo, determinando seu indiciamento pelo crime de violação de sigilo funcional. De acordo com a polícia federal, Cid, “na condição de funcionário público, revelou conteúdo de inquérito policial que deveria permanecer em segredo até o fim das diligências”.

Além disso, a quebra de sigilo das informações do celular de Mauro Cid apontou sua participação em mais duas investigações da PF. A corporação entendeu que ele estava envolvido no episódio de compartilhamento de informações falsas ligando a Covid-19 à Aids, também divulgada pelo então Presidente Bolsonaro, e controlava um “caixa paralelo” no palácio do planalto. Essa terceira investigação veio à tona a partir de mensagens que levantaram suspeitas sobre suas operações financeiras. O caso ainda está sob sigilo.

A quarta e última investigação baseada na quebra de sigilo de informações do celular de Cid resultou nas operações de busca e apreensão de quarta-feira (3) na casa de Jair Bolsonaro. O primeiro relatório sobre o caso foi enviado pela PF em dezembro e conforme o andamento das investigações, a corporação conseguiu identificar a participação de pelo menos mais 5 pessoas que já foram presas, além de constatar a falsificação do cartão de vacina do ex-presidente e de sua filha caçula.

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