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Mundo registra 759 ataques a jornalistas

Relatório da Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura (Unesco) divulgado nesta quinta-feira (2), data que marca o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, aponta que a violência contra os profissionais da imprensa que atuam na cobertura de processos eleitorais é um fenômeno global e se alastrou ao longo […]

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Ilustração do site Periodismo Hoy

Relatório da Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura (Unesco) divulgado nesta quinta-feira (2), data que marca o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, aponta que a violência contra os profissionais da imprensa que atuam na cobertura de processos eleitorais é um fenômeno global e se alastrou ao longo dos últimos três anos em dezenas de países.

Segundo a agência especializada da ONU, entre 2019 e 2022 foram registrados 759 ataques contra jornalistas que cobriram 89 eleições em 70 países. Os casos de violência incluem agressões, assassinatos, ataques digitais, prisões arbitrárias e a obstrução do trabalho dos profissionais, com ameaças ou destruição de equipamentos. Ao todo, 42% dos ataques foram perpetrados por agentes da lei, e 29% das vítimas foram mulheres.

“Não é algo que está localizado em uma região ou país específico. Foram muitos processos eleitorais, ao longo desse período, onde nós verificamos que os jornalistas que estavam fazendo um trabalho fundamental para garantir eleições livres e justas tiveram seu trabalho impedido ou dificultado em função dessa violência”, aponta o chefe da seção de Liberdade de Expressão e Segurança de Jornalistas da Unesco, Guilherme Canela.

Alerta para o ano com 81 eleições

O relatório serve como denúncia, mas também como alerta. O próximo ano pode ser ainda pior nesse quadro de violência. Em 2024, o mundo terá 81 países realizando eleições. “A Unesco está dizendo: olha, nós estamos documentando que há uma tendência de que a violência contra jornalistas cresça durante processos eleitorais. Então, já sabendo disso de antemão, com evidências muito concretas, façamos um esforço genuíno para que, no próximo ano, a cobertura dos processos eleitorais possa se dar de maneira pacífica e que os jornalistas possam fazê-la com profissionalismo e independência nesse super ano eleitoral de 2024”, afirma Guilherme Canela.

Com a mesma preocupação, a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) divulgou neste 2 de novembro um “apelo aos governos de todo o mundo para que investiguem, condenem e prendam aqueles que matam, assediam e intimidam jornalistas. Os governos também devem promulgar leis claras e aplicáveis ​​para proteger a segurança dos profissionais da informação”. A entidade lembra que 68 jornalistas foram assassinados no ano passado. “Este ano, espera-se que o número de mortos seja mais elevado, devido aos conflitos em curso, como na Ucrânia e em Israel-Palestina”.

“Segundo a ONU, apenas um em cada dez assassinatos de jornalistas é devidamente investigado. Além disso, a maioria dos assassinos goza de total impunidade, como se matar, atacar ou intimidar jornalistas fosse uma prática normal. Da mesma forma, isto prejudica o direito dos cidadãos de responsabilizar os seus líderes e prejudica a livre circulação de informação”. Citando o relatório da ONU, “a FIJ apela aos Estados-Membros para que assumam a responsabilidade e se comprometam a lutar contra a intimidação, a discriminação e a violência que envolve o processo de cobertura eleitoral, num dos períodos mais tensos para informação”.

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Fanta

17/11/2023 - 08h12

Quando o Fascistoide Careca do STF mandou a PF na casa de blogueiros, censurou revistas, fechou canais de YouTube, perseguiu jornalistas ao próprio gosto eu não ouvi e nem li o nosso “vomitador de letras” escrever algo em defesa da liberdade de expressão e dia jornalistas, muito pelo contrário vi apoiar medidas plenamente nazistoide vindo propriamente de quem deveria fazer o oposto e defender a liberdade de expressão plena.

Não vi nem o vomitador e quase nenhum pseudo jornalista de esquerda.

O único que abriu a boca foi o tal de Glen Greenwald (ou como se escreve) que por ter respirado um ambiente de normalidade nós EUA sabe muito bem o que são a liberdade de imprensa e de expressão.

Os pseudo jornalistas brasileiros ao contrário se comentam por si só pelo nível rasteiro…


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