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Dirceu diz que o PT precisa se reorganizar e que críticas a Haddad ‘são quase covardia’

O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que desempenhou um papel fundamental na criação do Partido dos Trabalhadores (PT) e atuou como um dos presidentes nacionais, emitiu um chamado para a reorganização do partido diante do cenário político de polarização e do fortalecimento da direita no Brasil. Dirceu enfatizou a importância de apoiar as medidas […]

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O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que desempenhou um papel fundamental na criação do Partido dos Trabalhadores (PT) e atuou como um dos presidentes nacionais, emitiu um chamado para a reorganização do partido diante do cenário político de polarização e do fortalecimento da direita no Brasil.

Dirceu enfatizou a importância de apoiar as medidas do governo Lula, particularmente aquelas implementadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Ele destacou a necessidade de discutir e debater propostas com o Executivo, mas também ressaltou que, uma vez lançadas, as políticas do governo devem ser sustentadas pelo partido.

“O papel do partido é apoiar o governo, apoiar o governo. Discutir e debater dentro da bancada, no ministério, dentro do partido, com o governo, tudo bem, mas quando o governo apresenta uma política, o nosso papel é apoiar. No caso de Haddad, é quase uma covardia não dar total apoio a ele para aprovar todas as medidas que ele deseja”, afirmou Dirceu, criticando a presidente atual do partido, Gleisi Hoffmann, que teve divergências com o chefe da Fazenda.

As declarações foram feitas durante um podcast do PT baiano, transmitido no sábado, 13. Dirceu argumentou que a reorganização do partido se faz necessária devido às mudanças no cenário político e cultural do país, onde, segundo ele, a direita tem ganhado terreno.

“Nos últimos anos, o Brasil passou por uma mudança social e cultural significativa devido ao neopentecostalismo, ao fundamentalismo religioso e à ocupação dos territórios pelas forças dos partidos de direita, vereadores, deputados e prefeitos. E nós recuamos, a esquerda como um todo.”

O ex-deputado federal também enfatizou que criticar as políticas econômicas implementadas por Haddad após seu lançamento não faz sentido, uma vez que essas iniciativas fazem parte do governo Lula.

“Não adianta criticar Fernando Haddad como ministro da Fazenda, pois a política econômica é do governo, é do presidente Lula, e essa política econômica é realista e pragmática, sendo moldada pela correlação de forças, na qual somos minoria”, concluiu o membro do PT.

Durante as negociações para a elaboração e aprovação do Orçamento deste ano, Gleisi e Haddad se confrontaram em relação às políticas fiscais adotadas pelo governo.

Enquanto o ministro da Fazenda defendia a manutenção da meta de zerar o déficit nas contas públicas, a presidente do PT solicitava um déficit de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), alegando que isso garantiria o crescimento econômico. Finalmente, a meta de déficit zero foi aprovada no Orçamento de 2024.

Nesse contexto, um documento da principal corrente do PT, à qual Gleisi e Lula pertencem, criticou em dezembro o que chamaram de “austericídio fiscal”. Haddad respondeu às críticas afirmando que seus opositores celebram os resultados econômicos de 2023 enquanto apontam erros.

“É curioso ver os comentários que estão sendo divulgados por meus críticos sobre a economia, agora no Natal. Meu nome não é mencionado. O que é mencionado é: ‘A inflação caiu, o emprego aumentou. Viva Lula!’ E Haddad é rotulado como adepto da austeridade”, afirmou o ex-ministro.

Assista o podcast completo!

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