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Conferência de Estados insulares encerra com apelo urgente por ação climática

Vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, encerrou reunião enfatizando a hospitalidade de Antígua e Barbuda e necessidade de ações coordenadas entre governos, ONGs e setor privado para alcançar Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Durante o encerramento da 4ª Conferência Internacional sobre pequenos Estados insulares em desenvolvimento em Antígua e Barbuda nesta quinta-feira, a vice-secretária-geral da […]

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UN News/Matt Wells

Vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, encerrou reunião enfatizando a hospitalidade de Antígua e Barbuda e necessidade de ações coordenadas entre governos, ONGs e setor privado para alcançar Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.

Durante o encerramento da 4ª Conferência Internacional sobre pequenos Estados insulares em desenvolvimento em Antígua e Barbuda nesta quinta-feira, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, destacou a hospitalidade do país anfitrião e a visão do primeiro-ministro Gaston Browne.

Ela ressaltou a importância de ações coletivas e o envolvimento de diversos setores, incluindo governos, ONGs e o setor privado, para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.

Desafios dos Sids

A conferência ressaltou os desafios enfrentados pelos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, Sids, que estão na linha de frente da crise climática, com o aumento do nível do mar e eventos climáticos extremos ameaçando suas populações, ecossistemas e economias.

A Agenda de Antígua e Barbuda, adotada no evento, foi apresentada como um roteiro para construir resiliência e garantir prosperidade sustentável nesses estados insulares. Amina Mohammed enfatizou a necessidade de um financiamento significativo e direcionado, reconhecimento das vulnerabilidades e engajamento inclusivo com a sociedade civil.

Ela também destacou a importância de parcerias robustas e eficazes, bem como o papel de medidas concretas para garantir que as vozes dos mais vulneráveis sejam ouvidas e que todos os países sejam inclusos na busca por um futuro mais sustentável e justo.

Especialistas da Universidade de Lisboa, Portugal, se reuniram com os parceiros guineenses no Arquipélago de Bijagós e na Região de Gabu para identificar doenças e pragas que afetam os cajueiros na Guiné-Bissau | FAO Guinea-Bissau 

Guiné-Bissau e Arquipélago de Bijagós

Três países de língua portuguesa fazem parte do grupo: Timor-Leste, Cabo Verde e Guiné-Bissau. O ministro guineense do Meio Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Cassamá, participou do evento e falou à ONU News sobre os desafios causados pelas mudanças climáticas.

“Nós estamos nesta quarta Conferência Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, porque a Guiné-Bissau é parte dos Sids. Comportamos mais de 88 ilhas e ilhéus, que é o arquipélago dos Bijagós. Enquanto membro, partilharmos a experiência que nós temos no domínio da conservação da natureza, na conservação do ambiente e fazer o balanço da implementação do Samoa Pathway, um dos documentos orientadores da 3ª. Conferência, realizada em 2014. Estamos aqui também para apresentarmos a candidatura da Guiné-Bissau, do arquipélago dos Bijagós, como Património Natural Mundial da Unesco e alguns resultados obtidos na implementação de projetos de resiliência e capacidade de adaptação das comunidades costeiras”

Para Cassamá, ter o Arquipélago dos Bijagós nomeado Patrimônio Natural Mundial da Unesco deve fortalecer a proteção a biodiversidade. Grande parte do território da Guiné-Bissau está a menos de cinco metros acima do nível do mar e, portanto, é vulnerável ao aumento do nível do mar e a eventos climáticos extremos.

Segundo ele, essas ameaças colocam em risco não apenas a biodiversidade, mas também a segurança e os meios de subsistência das comunidades costeiras e insulares.

Ele ressalta outros projetos que buscam o desenvolvimento de capacidades em comunidades costeiras e insulares e no gerenciamento de resíduos plásticos. O representante da Guiné-Bissau lembra que embora a contribuição do país nas emissões globais de gases de efeito estufa sejam mínimas, a nação sofre um impacto desproporcional e precisa de mais solidariedade e apoio internacional.

Cabo Verde enfrenta níveis recordes de insegurança alimentar em consequência da seca, da COVID-19 e da crise na Ucrânia | PMA/Richard Mbouet 

Alinhamento das metas climáticas

Na quarta-feira, o secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Unfccc, Simon Stiell, voltou a apontar que havia muita retórica e pouca ação. Ele enfatizou que estar na mesma página era importante: “há um alinhamento em termos de linguagem e fizemos um grande progresso no processo nos últimos anos”.

Para Simon Stiell, falta criar “um impulso para a ação”. Ele destacou que as próximas COPs em Baku, no Azerbaijão, e em Belém, no Brasil, serão o verdadeiro teste para saber “se estamos passando das palavras para a ação”.

O chefe da Unfccc também saudou os números da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Oecd, anunciados na quarta-feira e disse que há uma oportunidade de considerar o que a transição para a energia renovável realmente significa para os Sids.

Stiell acrescentou que a Unfccc ajudaria todos os Sids em sua busca por mais financiamento climático “para alcançar o maior resultado possível na COPS29 e 30”.

Fundo de US$ 135 milhões

Em um novo impulso para financiar ações de combate às mudanças climáticas, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, e o Fundo Global para o Meio Ambiente, GEF, lançaram um novo Programa Integrado de Ilhas Azuis e Verdes de US$ 135 milhões.

A iniciativa tem como objetivo enfatizar o papel crucial da natureza e expandir as soluções baseadas na natureza para combater a degradação ambiental em três setores principais: desenvolvimento urbano, produção de alimentos e turismo.

A meta é que 15 dos Sids promovam mudanças positivas para a natureza. Administrada pelo Pnud e financiada pelo GEF e parceiros, ela representa uma nova onda de apoio aos Sids à medida que eles embarcam na Década de Ação de 2024 a 2034.

O chefe do Pnud, Achim Steiner, reforçou que os Sids estão na linha de frente da mudança climática e da perda da natureza, pois enfrentam a dura realidade do aumento do nível do mar, padrões climáticos mais imprevisíveis e ecossistemas degradados, mas sua situação única também significa que eles estão impulsionando uma notável gama de soluções inovadoras e interconectadas.

Publicado originalmente pelo ONU News

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Sergio Furtado Cabreira

04/06/2024 - 08h24

A dita “humanidade” não se sensibiliza com a destruição da natureza!
Sequer as catástrofes climáticas mexem com os humores do senhor DÓLAR!
Enfim, países insulares deveriam investir pesado em educação e transformar seus cidadãos em viandantes do Planeta!


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