O Xadrez para Governador do Ceará
Ceará e os candidatos a governador do Estado.
Talvez eu cultive neste blog um otimismo exagerado, mas é porque eu sinto necessidade de fazer um contraponto ao pessimismo quase patológico da nossa grande mídia.
Recorde histórico: vendas crescem 31,8% sobre agosto do ano passado e 7% do acumulado do ano.
Com produção de compacto Etios em Sorocaba (SP), montadora pretende dobrar vendas no Brasil em dois anos
Agora foi pra valer. A queda na produção industrial, segundo o IBGE, trouxe más notícias em quase todos os fronts. Caiu inclusive a produção de bens de capital, que vinha apresentando dados positivos nas variações mensais deste ano. Mas o Cafezinho tem observações importantes a fazer.
Um dos problemas mais graves nas análises sobre o problema da indústria brasileira, a meu ver, é a falta de imaginação.
O faturamento do setor de máquinas e equipamentos cresceu 10,9% no ano e 5,3% no mês.
Hoje a Folha estampou manchetão pessimista: "Tombo da indústria atrasa retomada da economia brasileira".
O Cafezinho não se deixa enganar, e vai na fonte, examinar minuciosamente os números.
O faturamento do setor de máquinas e equipamentos cresceu 18% em março, sobre o mês anterior.
Parece que a imprensa finalmente descobriu que não há desindustrialização e que foi usada pela Fiesp, pelos sindicalistas e pelo governo, para empurrar goela abaixo da opinião pública conservadora uma política industrial fortemente desenvolvimentista.
O espírito é esse. Todo mundo que se banhou nessa cascata verá que não saiu ileso da exposição a águas tão contaminadas, não importa qual o partido. Hoje, no Globo, há uma matéria onde o baiano Walter Pinheiro, líder do PT no Senado, revela a disposição do Congresso de mergulhar fundo no poço de corrupção formado pelo esquema liderado por Carlinhos Cachoeira.
No dia 26, o Banco Central divulgou os índices da atividade econômica brasileira, e a mídia repercutiu, como sempre, apenas o seu aspecto negativo, omitindo acintosamente uma série de coisas.
Lembro-vos mais uma vez que quarta-feira é o dia econômico do Cafezinho, que hoje está muito bom, trazendo análises e estatísticas que te permitirão, sem falsa modéstia, arrancá-lo da postura deprimente e confusa que o lobby da Fiesp e da CNI, em parceria com a grande mídia, tem lançado boa parte da opinião pública.
Hoje foram divulgados dois indicadores de emprego na indústria que agregam conteúdo ao debate em curso sobre a situação real do setor. Preparamos algumas tabelas e análises para ajudar o leitor a entender a situação.
Tenho observado que os debates políticos carecem, frequentemente, de substância. Fala-se em retrocesso ou avanço com base em impressões totalmente subjetivas, muitas vezes na contra-mão dos dados. Quando o assunto é economia, a falta de conteúdo me parece particularmente triste.
Hoje era dia de escrever sobre cultura no Cafezinho, mas sou obrigado a mudar mais uma vez a agenda para apagar um incêndio provocado pela Folha. O complexo de terceiro mundo baixou na Barão de Limeira nesta sexta-feira. Ao ler a matéria, o internauta que acompanha o Cafezinho deve estar se perguntando se eu não estou doido ou coisa parecida ao negar que haja desindustrialização no Brasil.
Depois do susto que o analista tomou ontem, ao verificar a queda na produção industrial em janeiro, o que lançaria por terra alguma das minhas teorias mais caras, hoje eu pude respirar aliviado após ler os jornais e examinar com mais calma os números do IBGE.
Eu vinha aqui fazer alguns comentários sobre os cacoetes de nossos analistas e da obsessão midiática em pintar sempre um quadro pior do que é, mas fui surpreendido pela divulgação há pouco, pela produção industrial brasileira em janeiro, que levou um tombo. Estou até com medo do que os jornais dirão amanhã.
Conclusão: não vamos chorar de barriga cheia. O Brasil está exportando cada vez mais, inclusive manufaturados, e o saldo comercial ficou em 28 bilhões de dólares nos últimos 12 meses (até janeiro).
Os números do IBGE divulgados hoje sobre o desempenho da indústria brasileira em dezembro revelam o que o pior já passou e que o setor está se recuperando. Os jornais terão trabalho para pintar um quadro negativo em suas edições impressas. Mas já começaram o trabalho em seus sites, e eles tem um talento infinito para isso