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No G7, Lula defende ordem multipolar e reforma da ONU

Países emergentes não podem ser chamados a contribuir na resolução de crises se não estiverem adequadamente representados em órgãos mundiais, afirma presidente brasileiro. Publicado em 20/05/2023 DW — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou neste sábado (20/05) numa sessão de trabalho da cúpula do G7, em Hiroshima, e defendeu uma ordem mundial multipolar […]

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Ludovic Marin/AFP/Getty Images

Países emergentes não podem ser chamados a contribuir na resolução de crises se não estiverem adequadamente representados em órgãos mundiais, afirma presidente brasileiro.

Publicado em 20/05/2023

DW — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou neste sábado (20/05) numa sessão de trabalho da cúpula do G7, em Hiroshima, e defendeu uma ordem mundial multipolar e uma representação adequada para os países emergentes nos órgãos de governança global.

“A solução não está na formação de blocos antagônicos ou respostas que contemplem apenas um número pequeno de países. Isso será particularmente importante neste contexto de transição para uma ordem multipolar, que exigirá mudanças profundas nas instituições”, declarou, para em seguida defender, mais uma vez, uma reforma da ONU e suas organizações parceiras.

“Sem reforma de seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes, a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século 21”, afirmou o presidente.

Lula disse que decisões de líderes mundiais só terão legitimidade e eficácia se tomadas e implementadas democraticamente. “Não faz sentido conclamar os países emergentes a contribuir para resolver as ‘crises múltiplas’ que o mundo enfrenta sem que suas legítimas preocupações sejam atendidas, e sem que estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global.”

No encontro do G7, o grupo dos países industrializados, Lula elogiou o G20, que inclui as 20 maiores economias do mundo, entre elas o Brasil. Para o presidente, a “consolidação do G20 como principal espaço para a concertação econômica internacional foi um avanço inegável”, mas ainda falta uma melhor representatividade de países africanos.

Ele lamentou o que chamou de retrocessos importantes, mencionando como exemplo o enfraquecimento do sistema multilateral de comércio. “O protecionismo dos países ricos ganhou força e a Organização Mundial do Comércio permanece paralisada. Ninguém se recorda da Rodada do Desenvolvimento.”

O grupo dos sete países industrializados, o G7, reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como a União Europeia (UE). Para o encontro em Hiroshima, o G7 convidou os líderes de Brasil, Índia, Indonésia, Coreia do Sul, Austrália, Ilhas Cook (representando o Fórum das Ilhas do Pacífico), Comoros (representando a União Africana) e Vietnã e organizações como a ONU, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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EdsonLuíz.

21/05/2023 - 20h42

A sua cabecinha de repolho inventa o que as pessoas pensam e acham., Alexandre FakeNeres.

Edson Luiz Pianca não é a favor dos Estados Unidos e também não é contra os Estados Unidos; não é a favor do Capitalismo e também não é contra o capitalismo.
▪A questão está nisto:: Edson Luiz Pianca apenas considera a realidade, a história, os fatos, os dados… e não desejos e crenças.

E é a partir de tudo, e não de doutrinas, que ele pensa; inclusive para eventualmente pensar seus erros e também para colocar em questão o que ele mesmo pensa.

●Em resumo:: Edson Luhz Pianca não é maniqueísta.

E sobre ser seguidista, Edson Luiz Pianca não é seguidista nem dele mesmo; e embora ele não seja anarquista, é completamente livre, seu imbecil!

Pronto! Já vai você, FakeNeres, com sua cabecinha de dois lados, doutrinada e fundamentalista, decidir que Edson Luiz Pianca está falando dele.

Não!

O que ele está dizendo é que gente igual a ele tem uma forma livre, não viciada, não dicotômica de pensar.

Assinado::
Edson Luiz Pianca.

Alexandre Neres

21/05/2023 - 10h47

Para o Senhor Edson Luis Pianca, todos os países do Sul Global devem ser submetidos ao Norte Imperialista. Na sua visão colonialista, todos os países devem estar jungidos ao sistema capitalista, alinhando-se a Francis Fukuyama que decretou o fim da História.

Esse senhor ainda está preso a TINA de Margareth Thatcher, isto é, não há alternativa. Só faltou bradar: viva o neoliberalismo! Viva o mundo unipolar!

O cuecão borrado, capacho dos ianques, só pode estar de pianca mole!

EdsonLuíz.

20/05/2023 - 21h48

Há sempre um só mundo! Há sempre uma só história! Há sempre um só Sistema Histórico!
▪Outro Sistema Social concomitante sempre será um Sistema artificial e, sendo artificial, será anti-histórico.

Estamos sob o Capitalismo. O Capiralismo possui sua Ordem, como todo Sistema histórico. A Ordem Capitalista é uma Ordem democrática e dela participam todos. Marginalizam-se, mas não se exclue, os que escolhem desrespeitar a Órdem internacional.

Assim, qual o significado de pedir uma Órdem multipolar? Se por “Órdem Multipolar” se entende se submeter a ditaduras anti-capitalistas, isto é que será fragmentar a Órdem!

Xô defensores dos interesses das ditaduras sanguinárias! Toda ditadura é sanguinária! Toda ditadura é centralizada e uma federaçào de ditaduras nunca é uma Ordem Jurídico-Política ou, se forçar uma classificação como Ordem, será uma Órdem artificial.

Os que desejam organizar Estados autoritários, que se assumam e articulem seu clube de ditadores. Melhor, porque assim deixaram a nós amantes da democracia em paz.

Estaremos nós democratas com as nossas dificuldades, porque ser democrático é difícil ; e construirão eles,… rss… do clube de ditaduras, a prosperidade humana e tecnológica… rss… que foi e que é a União Soviética, Cuba, Rússia, Venezuela, China, Coréia do Norte, Alemanha Nazista, Chile de Pinochet, Brasil dos militares de 1964….

Que tal? Façam suas escolhas? Eu já fiz a minha:: com todos os defeitos do regime político democrático, sou pela democracia.


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