Apesar das tensões geopolíticas crescentes entre os Estados Unidos e os países que fazem parte dos Brics, como China, Rússia e Irã, com os quais o Brasil tem estreitado relações, as exportações brasileiras para os EUA tem aumentado expressivamente desde que o Lula assumiu o poder em 2023.
Segundo o Comexstat, banco de dados público do comércio exterior brasileiro, nossas exportações para os Estados Unidos cresceram 9% nos últimos 12 meses, totalizando US$ 39,65 bilhões, um recorde histórico.
Em cinco anos, as exportações brasileiras para os EUA cresceram 31%. Diferentemente de nossas exportações para China, vendemos para os americanos principalmente produtos manufaturados, como produtos semi-acabados de aço, ligas de ferro, derivados de petróleo, celulose e aviões. Entretanto, os EUA também são um grande comprador de petróleo bruto e café em grão. Na verdade, considerado individualmente, o principal produto brasileiro exportado pelos EUA hoje é petróleo (bruto e derivados). Nos últimos 12 meses, o Brasil exportou US$ 7,75 bilhões em petróleo para os EUA, aumento de 43% sobre o ano anterior!
Outros produtos que o Brasil tem exportado em grande quantidade para os EUA são, por ordem de grandeza, aço, aviões, máquinas industriais, café e celulose.
Quanto ao saldo comercial (exportação menos importação), o Brasil obteve uma relação equilibrada, com a receita de exportação igualando despesas com importação, com os Estados Unidos. Nos últimos 12 meses, o Brasil exportou US$ 39,65 bilhões para os EUA, e importou dos EUA um total de US$ 39,75 bilhões, perfazendo um saldo que, arredondando, ficou zerado. Nos 12 meses anteriores, o Brasil havia registrado déficit comercial com os EUA de US$ 5 bilhões, e dois anos antes, em Out/Set de 2022, havia ficado negativo em US$ 15 bilhões.
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