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Após ataques, ONU alerta para risco de liberação radioativa

Israel lança ataque “preventivo” contra instalações nucleares do Irã após país ignorar advertências da ONU sobre programa nuclear. Irã diz que ação é “declaração de guerra”. O que você precisa saber Israel lançou um ataque sem precedentes contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (13/06), com o objetivo de desmantelar suas instalações nucleares, matando ao […]

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IDF/Handout/XinHua/dpa/picture alliance

Israel lança ataque “preventivo” contra instalações nucleares do Irã após país ignorar advertências da ONU sobre programa nuclear. Irã diz que ação é “declaração de guerra”.

O que você precisa saber

Israel lançou um ataque sem precedentes contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (13/06), com o objetivo de desmantelar suas instalações nucleares, matando ao menos três dos chefes militares do país e seis cientistas nucleares de alto escalão. A ofensiva foi anunciada como o início de uma operação prolongada para impedir que Teerã construa uma bomba atômica.

O Irã chamou a ação de “declaração de guerra” e retaliou com o lançamento de mais de 100 drones em direção ao território israelense. Segundo o Exército de Israel, “todos os sistemas de defesa estão funcionando para eliminar as ameaças”.

A nova onda de ataques gerou temores de que as tensões entre os rivais, fortemente armados, se transformem numa guerra em grande escala no Oriente Médio.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), das Nações Unidas, alertou para o risco de “liberações radioativas com graves consequências” após os ataques israelenses à infraestrutura nuclear do Irã e apelou aos envolvidos no conflito para que exerçam “o máximo de contenção”.

O presidente americano Donald Trump aproveitou a ocasião para pressionar o Irã a selar um acordo nuclear com os Estados Unidos “antes que seja tarde demais”.

“Para o Irã, conflito militar direto com os EUA seria empreitada arriscada”

O Irã espalhou suas instalações nucleares por diversos locais, alguns dos quais em bunkers subterrâneos, o que torna mais difícil destruí-las.

Estudioso do país na Universidade do Sul da Flórida, Arman Mahmoudian explica que, por razões políticas domésticas, Teerã tende a reagir em caso de ataque. “O Irã se sente compelido a enviar ao menos um sinal claro, ainda que limitado, para evitar outros ataques. Israel, por sua vez, poderia expandir suas operações e atingir a infraestrutura de energia e petróleo, a fim de aumentar a pressão sobre Teerã”, afirma Mahmoudian à DW.

A primeira reação do Irã aos ataques da madrugada desta sexta-feira foi disparar mais de 100 drones contra Israel – todos interceptados, segundo os militares israelenses.

Os Estados Unidos, embora tenham admitido terem sido informados sobre o ataque contra o Irã, alegam que não estavam envolvidos.

“Por enquanto, o Irã não quis ser arrastado para um conflito militar direto com os EUA, o que seria uma empreitada extremamente arriscada”, pontua Mahmoudian. “Mas há uma diferença entre o mero apoio dos EUA a Israel e o envolvimento ativo em uma guerra contra o Irã.”

Para destruir completamente as instalações nucleares iranianas, Israel precisaria de armas mais avançadas que apenas os EUA detém.

Num cenário desses, a retaliação iraniana provavelmente miraria também instalações americanas na região, o que desestabilizaria ainda mais a já tensa situação no Oriente Médio.

Publicado originalmente pelo DW em 13/06/2025

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