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Dilma: Privatização da Eletrobrás causará aumento de tarifas, insegurança e apagões

Na Argentina, a privatização do setor elétrico gerou “tarifaços” com aumento de até 700% na conta de luz, produzindo uma verdadeira catástrofe social no país. Acontecerá a mesma coisa aqui no Brasil, caso esse governo golpista, sem voto, aprove mais uma medida que jamais foi discutida num processo eleitoral. O único “eleitor” do governo golpista […]

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Na Argentina, a privatização do setor elétrico gerou “tarifaços” com aumento de até 700% na conta de luz, produzindo uma verdadeira catástrofe social no país. Acontecerá a mesma coisa aqui no Brasil, caso esse governo golpista, sem voto, aprove mais uma medida que jamais foi discutida num processo eleitoral.

O único “eleitor” do governo golpista é a Globo.

***

No site da Dilma

PRIVATIZAÇÃO VAI CAUSAR AUMENTO DE TARIFAS, INSEGURANÇA E APAGÕES
22 DE AGOSTO DE 2017

A privatização da Eletrobras, um dos mais novos retrocessos anunciados pela agenda golpista, será um crime contra a soberania nacional, contra a segurança energética do país e contra o povo brasileiro, que terá uma conta de luz mais alta.

Um delito dos mais graves, que deveria ser tratado como uma traição aos interesses da Nação.

Maior empresa de produção e distribuição de energia elétrica da América Latina, a Eletrobras garante o acesso à energia a um país de dimensões continentais, com uma população de mais de 200 milhões de habitantes e com uma economia diversificada, que está entre as mais complexas do mundo.

A sua privatização, e provável entrega a grupos estrangeiros, acabará com a segurança energética do Brasil. Submeterá o país a aumentos constantes e abusivos de tarifas, à desestruturação do fornecimento de energia, a riscos na distribuição e, inevitavelmente, à ameaça permanente de apagões e blecautes. Devemos todos lembrar do ano de racionamento de energia no governo FHC.

O governo tem dois motivos principais para privatizar uma grande empresa como a Eletrobras: a aplicação da pauta neoliberal, rejeitada por quatro vezes nas urnas, e que é compromisso do golpe implantar; e o desespero para fazer caixa e tentar diminuir o impacto de um dos maiores rombos fiscais da nossa história contemporânea, produzido por um governo que prometia resolver o déficit por meio de um surto de confiança que não veio e um passe de mágica que não produziu. Produziu, sim, a compra de votos por meio da distribuição de benesses e emendas.

O meu governo anunciou déficit de R$ 124 bi para 2016 e de R$ 58 bilhões para 2017, que seriam cobertos com redução de desonerações, a recriação da CPMF e corte de gastos não prioritários. O governo que assumiu por meio de um golpe parlamentar inflou a previsão de déficit para R$ 170 bi, em 2016 e R$ 139 bi, em 2017. Inventou uma folga para mostrar serviço à opinião pública, e nem isto conseguiu fazer. Agora, quer ampliar o rombo para R$ 159 bi. Mas não vai ficar nisso. Aumentará o déficit, no Congresso, para R$ 170 bi, para atender às emendas dos parlamentares de que precisa para aprovar sua pauta regressiva. Para isto, precisa dilapidar o estado e a soberania nacional. E forjar a necessidade de vender a Eletrobras é parte desta pauta.

Atribuir uma suposta necessidade de privatizar Eletrobras ao meu governo, por ter promovido uma redução das tarifas de energia, é um embuste dos usurpadores, que a a imprensa golpista difunde por pura má-fé. É a retórica mentirosa do golpismo.

As tarifas de energia deveriam mesmo ter sido reduzidas, como foram durante o meu governo,. Não porque nós entendêssemos que isto era bom para o povo – o que já seria um motivo razoável – mas porque se tratava de uma questão que estava e está prevista em todos os contratos que são firmados para a construção de hidroelétricas. Depois da população pagar por 30 anos o investimento realizado para construir as usinas, por meio de suas contas de luz, é uma questão não apenas de contrato, mas de justiça e de honestidade diminuir as tarifas, cobrando só por sua operação e manutenção. Manter as tarifas no mesmo nível em que estavam seria um roubo. Por isso reduzimos e temos orgulho de tê-lo feito. Com a privatização, será ainda um roubo.

Vou repetir a explicação, porque a Globo faz de tudo para distorcer os fatos e mentir sobre eles. Quando uma hidrelétrica é construída por uma empresa de energia – pública ou privada – quem paga pela sua construção é o consumidor. A amortização do custo da obra leva geralmente 30 anos e, durante este tempo, quem paga a conta deste gasto vultoso é o usuário da energia elétrica, por meio de suas contas de luz. Quando a hidrelétrica está pronta, o único custo da empresa de energia passa a ser a operação e a manutenção. Daí, é justo que o povo deixe de continuar pagando por uma obra que já foi feita e, depois de 30 anos, devidamente paga. É mais do que justificado, portanto, que as tarifas que custearam a construção sejam reduzidas.

Se as empresas de energia – públicas ou privadas – mantiverem as tarifas no mesmo nível, e eventualmente até impuserem aumentos nas contas de luz, estarão tirando com mão de gato um dinheiro que não é delas. É uma forma de estelionato. Não se deve esperar que empresas unicamente privadas, cujo objetivo é principalmente a lucratividade de sua atuação, entendam que uma equação justa deveria impor modicidade tarifária quando os custos altos da construção de uma usina hidrelétrica já não existem mais.

Apenas o Estado – um estado democrático e socialmente justo – tem condições de entender esta situação e autoridade para agir em defesa dos interesses dos consumidores.

Entregar a Eletrobras e suas usinas já amortizadas para algum grupo privado, talvez estrangeiro, significa fazer o consumidor de energia pagar uma segunda vez pelo que já pagou, além de abrir mão de qualquer conceito estratégico em relação à produção, distribuição e fornecimento de energia com segurança e sem interrupções e apagões.

Privatizar a Eletrobras é um erro estratégico. Erro tão grave quanto está sendo a privatização de segmentos da Petrobras. No passado, essas privatizações já foram tentadas pelos mesmos integrantes do PSDB que hoje dividem o poder com os golpistas. Naquela época, isso só não ocorreu porque os seus trabalhadores e o povo brasileiro não permitiram. Mais uma vez devemos lutar para não permitir.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Ermeneghildo Ghil

23/08/2017 - 19h46

É isso. O povo precisa sofrer bastante pra perceber quem está do seu lado, quem não está. A vida ensina.

Atreio

23/08/2017 - 13h20

Dilma, heróina.
por isso eleita duas vezes seguidas em território nacional. na maior eleição q fazemos.

Segue eleita, sem crime não pode haver impeachment.
mas isso fica pra carminha, dr. lewadinho e demais meninões da PGR explicar – cabe a eles pois compete a eles. E serao eles q deverão explciar suas ações aos seus filhos e netos. esses meninões q recebem 300mil/mes… e respondem perguntas com outras pergutans….

Ela volta!
já babou o golpe, ninguem mais topa estar na foto ao lado de golpista.

Reginaldo Gomes

23/08/2017 - 13h05

O Brasil é o único país do mundo onde a energia elétrica deveria ser gratuita!!!!! Cobrando apenas uma pequena tarifa de manutenção somente das indústrias. Quanto que os rios e represas cobram para girar as turbinas ???? 100% da energia elétrica do Brasil é produzida por hidrelétricas a custo ZERO!!!!
Só um cego não vê!!
A Dilma sabe disso.

Joao Luiz Caetano

23/08/2017 - 13h44

SERGIO TUCANO MORO, A SERVIÇO DA CIA E DA GLOBO.

Wallace Renan

23/08/2017 - 02h48

A mesma que fez a merda de abaixar a conta por decreto e depois fuder com tudo?

    Marcos Oliver

    23/08/2017 - 11h43

    RECLAMA PQ ELA BAIXOU A CONTA DA LUZ????

    Wallace Renan

    23/08/2017 - 12h50

    O resultado que causou, aqui em minas a cemig “quebrou” por essa irresponsabilidade populista dessa burra!

    Tatiana Tati

    23/08/2017 - 13h46

    Retardado. Só um debilóide regido pela merda fascista socialista de iPhone pra cagar pelos dedos dessa forma. Vai te fuder Wallace Renan desgraçado

    Gerson Pompeu

    24/08/2017 - 02h57

    Procure saber dos desvios do esquema do titio Aécio, na Cemig.

    Wallace Renan

    24/08/2017 - 03h13

    Sim, entao foram os dois! Mais o desastre energetico foi da anta!

Veritas

22/08/2017 - 21h33

De onde menos se espera, é daí que sai ainda menos.

Depois de detonar uma bomba atômica que aniquilou bilhões de reais no setor elétrico brasileiro — sem deixar sequer uma conta elétrica mais barata para os brasileiros (seu objetivo declarado) — a ex-Presidente Dilma saiu hoje da irrelevância conquistada nos últimos meses para atacar a privatização da Eletrobras.

    Márcio Martins

    25/08/2017 - 01h47

    Obviamente que a maior seca da história não entra na sua análise! Seca só foi em São Paulo, para Dilma é incompetência, sei….

Luiz Pareto

22/08/2017 - 23h45

Ricardo Lima

22/08/2017 - 22h48

Que caminho estamos permitindo que levem nosso amado Brasil , lamentável , onde esta aquele povo tão “raivoso” contra a corrupção em 2013 até o golpe acontecer .?!


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